Mon Bistrot Préféré (tradução)

Original

Renaud

Compositor: Não Disponível

Meu bistrô preferido, em algum lugar no céu
Me recebe ás vezes no jardim do senhor
É um bistrô tranquilo, acontece eu beber lá
Em companhia daqueles presentes na minha memória

Nos dias de melancolia ou nos dias de depressão
Perto de alguns artistas apaixonados da rima
Eu consumo dois três copos falando de pintura
De amor, de canções e de literatura

Há, com certeza, poetas, o Príncipe
fumando seu cachimbo, o amigo Georges Brassens
Há Brel também e Léo o anarquista
Eu revivo com eles um famoso cartaz

Trenet vem conosco cantar uma Louca Complainte
Enquanto Verlaine e Rimbaud, no absinto
Arruínam-se devagar evocando Villon
Que vagueá perto do bar e dos moços maus

O amigo René Fallet me fala de suas presas
Que me fazem estremecer quando ele pesca com mosca
E vinho, e mulheres e mais do que tudo amigos
Que fazem a vida mais bela, o desespero mais longe

Há Boris Vian, Maupassant e Bruant
escutando as histórias de um Coluche hilariante
Eu sento com eles para algumas bebidas
Cercado por Desproges, Reiser e Tonton

Nós gozamos dos idiotas com Frédéric Dard
Lembranças de prisão com o velho Boudard
Audiard e Pagnol se chapam de Pernod
Eu faço um brinde ao Robert Doisneau

Gainsbourg está no piano, tocando a Javanaise
E nós cantamos o amor, que ele chama de foda
Dewaere está aqui também, no canto, e ele brinda
com Bernard Dimey, com Bobby Lapointe

Sentados ao redor da lareira, há Jacques Rigaut,
Franquin, Jean-Pierre Chabrol, Prévert e seu cigarro
Nós falamos de suicídio, Maurice Ronet chega
A morte ás vezes é uma arte de viver

Meu bistrô preferido, em algum lugar no céu
Eu confesso, lamento, faltam mulheres um pouco
Mas os amigos, os brother que sempre o assombram
Sabem também o que é o amor

Eles são muito mais vivos, pelo menos na minha memória
Que a maioria dos meus contemporâneos
Se amanhá a libitina vem segurar minha mão
Tomará que ela me leve no bistrô dos amigos